segunda-feira, 10 de agosto de 2009


- A mãe? – interrogou a pequena Laura mas lá acrescentou: - O mano?
Logicamente eramos só nós as duas, as irmãs. Irmãs de sangue!
O “mano” que ela referira, era David. Quatro meses mais velho que eu. Supostamente nós não eramos irmãos de sangue.
Ele era adoptado. Os pais dele (aqueles monstros) decidiram que era tempo de se livrarem dele e aos 4 anos de idade foi deixado aos cuidados de um pequeno Orfanato em Vilaverona, a minha terra maravilhosa.
Porque é que ele foi adoptado? Simples.
A minha mãe é assistente social e trabalhava naquele Orfanato.
Quando receberam o menino, a minha mãe levou-me lá nesse dia e eu brinquei com todos menos com o David.
Fui falar com ele e desenvolvemos uma grande amizade.
Mais tarde, em casa, falei à minha mãe sobre os problemas dele e convenci-a a adoptá-lo.
A minha querida mãe conheceu-o e apaixonou-se, literalmente, por ele. Foi assim.
Eu até gosto dele. Okey, lá estou eu a mentir. Eu até o adoro. Ele é querido.

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